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PROJETO 3 | QUÍMICA MARINHA
ECOLOGIA QUÍMICA APLICADA AO BIOMA MARINHO BRASILEIRO
 
A partir da revolução industrial, e mais marcantemente durante o século 20, o ser humano consolidou seu domínio sobre o planeta, intensificando
o processo de urbanização das zonas costeiras de praticamente todos os continentes. Atualmente mais de 3,6 bilhões de pessoas vivem a não
mais que 100 km do litoral. A sobrevivência de todo este contingente populacional depende direta ou indiretamente dos serviços e produtos
oferecidos pelos ecossistemas costeiros.

A costa brasileira tem cerca de 8000 km, o que lhe confere grande variedade na fauna e flora marinhas, representando uma
fonte potencial de novos compostos bioativos, ainda pouco investigada. A relevância da investigação de produtos bioativos a partir
de organismos marinhos decorre da constatação do elevado número de compostos já obtidos a partir deles com atividades antiviral,
antibacteriana, antifúngica, citotóxica e antiprotozoária, entre outras, com potencial de tornarem-se protótipos para o desenvolvimento
de novos fármacos.

O lançamento de efluentes urbanos, da agricultura e aqüicultura, associado à perda de ambientes filtradores como os bancos de macroalgas e
manguezais potencializam a fertilização das águas costeiras, favorecendo as florações de organismos planctônicos. Dentre esses organismos
frequentemente se observa no Brasil e no mundo a floração de microalgas produtoras de toxinas. Tais eventos, além de resultarem em desastres
ambientais devido à depleção dos níveis de oxigênio da água e da liberação de toxinas, interferem profundamente na vida das comunidades
costeiras causando inclusive grandes prejuízos econômicos, que por sua vez são cada vez mais freqüentes em Santa Catarina, Rio de Janeiro e
Bahia, como tem sido divulgado pela imprensa. Dessa maneira, é incontestável que a perda de biodiversidade compromete não só a saúde dos
ecossistemas, mas também a saúde das populações humanas que deles dependem direta ou indiretamente.

Com esse cenário descrito, o projeto em questão tem como objetivo proporcionar um panorama dos efeitos antrópicos causados pela crescente
urbanização do litoral brasileiro, não só na questão da perda da biodiversidade marinha, mas também na perda de produção de compostos
bioativos que além de serem promissores na área farmacológica, desempenham papel importante na ecofisiologia do bioma marinho. Além disso, o
projeto também visa à integração de grupos de pesquisas na área taxonômica, química e farmacológica, consolidando uma rede multidisciplinar
para a manutenção da biodiversidade marinha brasileira.
 
OBJETIVOS E METAS
01 Avaliar a resposta ecofisiológica das espécies dominantes de macroalgas, cnidários e esponjas nos diferentes ambientes de estudo através da análise da
fluorescência da clorofila (PAM) e produção de oxigênio, subsidiando a análise do impacto da urbanização sobre a produção primária destes organismos;
02 Avaliar os efeitos de diferentes níveis de poluição na herbivoria das espécies dominantes de macroalgas e corais;
03 Avaliar os efeitos de diferentes níveis de poluição através do perfil metabólico das espécies dominantes de macroalgas, esponjas e corais;
04 Avaliar as conseqüências das alterações produzidas na qualidade das águas costeiras, derivadas de impactos antrópicos diversos, no crescimento e fotossíntese de
espécies abundantes, identificando o papel de tais espécies na dinâmica biogeoquímica local;
05 Buscar metabólitos bioativos das espécies dominantes de macroalgas, esponjas, corais e microfauna associada através de fracionamento bioguiado,
especificamente para atividade antiviral, antimicrobiana, tripanocida, leishmanicida, antifouling e anticâncer.
 
 
projeto 1
projeto 2
projeto 3
 
 
SISBIOTA MAR
PROJETO 1 PROJETO 2 PROJETO 3
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